Segundo reportagem da revista Time, edição européia de julho de 2006, as sociedades do “velho continente” estão pressionando seus governos para “escapar do inferno tributário”, título do estudo jornalístico. A tese defendida pelo autor do estudo é que os altos níveis de tributação travam o desenvolvimento econômico e só um forte corte, nestas, fará a economia deslanchar. Os governos já se mostram sensibilizados às queixas generalizadas, pois é paga uma carga excessiva de tributos e o retorno é baixo em serviços sociais, perdendo-se nos meandros da burocracia ineficiente e nos benefícios dos detentores do poder.
Aqui no Brasil, nada muito diferente, porém, o nível de qualidade dos serviços públicos prestados na Europa é incomensuravelmente melhor e mais abrangente que os prestados em nosso país. Nossa carga tributária dá para espantar, perde apenas para uns poucos países e em sua maioria, países nórdicos, onde se tem toda a assistência na saúde, educação, seguridade desde ao nascer, e o Estado faz tudo pelo seu cidadão; aqui além de não ser assim, nossos tributos são superiores a mais de 15 países incluindo 3 das maiores economias do mundo, Japão,USA, Alemanha, percebe-se com isso que “inferno tributário europeu”, para nós seria um céu.
Na Europa, já estudam - pela pressão da sociedade - meios de reverter esta situação. Aqui, só dois tímidos sinais de redução, redutor de R$100,00 no IR e redução do COFINS e PIS de alguns produtos da cesta básica, muito se fala e nada se fez para a retomada do desenvolvimento com bom uso e justo dos tributos. A tributação 2005 atingiu 37,82% do PIB, 1,02% maior que em 2004, sendo 70%, tributos federais. Em comparação ao ano anterior, estes e os estaduais, cresceram mais de 3%. No período 2002/2005 houve um acréscimo nominal de 45%, segundo o IBPT ( Instituto Brasileiro de Pesquisas Técnicas).Só de 2004 para 2005 houve um aumento da arrecadação em 46 bilhões e nada se viu de melhoras sensíveis em proporção a alta da arrecadação. Pelo contrário, pasmem, ainda se pode constatar que o Brasil tem a segunda maior carga tributária sobre os salários, 42% em 2003, e só perdemos para a Dinamarca.
É preciso dar um fim a estes índices alarmantes e fazer-se um bom uso do dinheiro público com investimentos maciços em educação; saúde; segurança, tecnologia e saneamento básico entre outros.
AIRTOM FORTUNA
segunda-feira, 3 de março de 2008
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